PODCAST: Episódio #35 – Rastros de Ódio

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No episódio 35, Fred, Alexandre, Sergio e o Podcast Filmes Clássicos voltam ao velho oeste norte-americano em busca de mais informações sobre o excelente western dirigido por John Ford em 1956, intitulado “Rastros de Ódio” (The Searchers). Hoje reconhecido como um dos melhores filmes do cinema mundial (ocupa a sétima colocação da lista da revista Sight & Sound), o longa foi esnobado pela Academia no Oscar de 1957 e recebeu recepção fria dos críticos na época. Com o passar do tempo, diretores da “Nova Hollywood” como Spielberg, Scorsese, Bogdanovich, entre outros, demonstraram em suas obras, seu apreço pelo filme, o que em muito serviu para aumentar a popularidade da película. Com um roteiro baseado numa história real e uma fotografia deslumbrante em VistaVision, este se tornou um dos maiores westerns já feitos e agora está devidamente homenageado em nosso podcast. 

Trilha Sonora: “Ride Away“, música composta por Stan Jones e interpretada por The Sons of the Pioneers e outras músicas compostas por Max Steiner para o filme “Rastros de Ódio. “That Will Be The Day“, música composta e interpretada por Buddy Holly.
Duração: Aprox. 1h e 24min.

Acesse esta galeria para ver algumas imagens que ilustram coisas comentadas neste episódio. Clique nas fotos da galeria para ver as descrições.


 VÍDEOS QUE COMPLEMENTAM ESTE EPISÓDIO

O “Making Of ” de “Rastros de Ódio”, apresentado por Gig Young na série “Warner Presents”.

A cena do massacre da família Edwards.

A famosa cena com o travelling no rosto de John Wayne.

 Martin Scorsese fala como foi assistir a “Rastros de Ódio” pela primeira vez.

Steven Spielberg conta como foi seu encontro com John Ford e a lição que aprendeu sobre “horizontes”.


14 comentários sobre “PODCAST: Episódio #35 – Rastros de Ódio

  1. Opa! Aqui é Gabriel Santana de Jacareí (SP).

    Na primeira assistida eu realmente não tinha achado o filme tão bom como tantos falavam. Ta ai o problema de não discutir cinema (ou um filme), fica difícil você se aprofundar nele sem ver algum outro ponto de vista.
    Quando o Fred falou que o filme não se trata de vingança ou resgate (e esse era o meu ponto de vista, inicialmente) e sim de racismo, fez todo o sentido pra mim. E isso engrandeceu demais o filme, acaba justificando bastante alguns atos do protagonista que por mais que seja comum você ter anti-heróis em filmes de Western, nenhum, ou poucos, foram tão sacana como o John Wayne estava sendo.
    Grande parte do conteúdo que o filme havia apresentado eu consegui captar, como a crítica religiosa, o racismo em certos momentos, o nível de machismo da época, e eu achei tudo muito bem colocado apesar de algumas atuações eu achei bem exagerada e isso me incomoda um pouquinho, mas eu acho que isso é fruto do seu tempo assim como o figurino. Aquela cena da briga bastante discutida no episódio, realmente eu achei que tirou o clima de seriedade do filme mas eu acho que isso não atrapalhou em nada.

    Minha conclusão é que realmente o filme de “mediano” passou para “ótimo” no meu ranking, e um Western essencial para quem curte o gênero, assim como eu. Rsrs!

    E vai aqui uma pergunta de um calouro para os veteranos, podemos classificar os filmes Ed Wood como um clássico?!
    Hahahaha!

    É isso aii ! O podcast esta ótimo, eu ando conhecendo bastante diretores e filmes “novos” e eu só não comentei ainda o cast do Masaki Kobayashi, porque quero assistir os filmes lá comentados e alguns outros antes de ouvir, mas já está baixado no meu agregador só esperando para ser ouvido. Valew, falow e abraços a todos !

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    • CUIDADO, SPOILERS:

      Olá Gabriel, obrigado por ter tomado seu tempo para fazer suas colocações aqui. É bacana saber o que nossos ouvintes acham e é mais legal ainda ler que algo que dissemos ajudou a mudar a opinião de alguém sobre um filme.

      Eu acho que este filme é daqueles que cresce com as revisões que fazemos, mesmo que algumas cenas hoje em dia pareçam datadas, como a tal cena de briga. E a vantagem de rever é que aquela expectativa que temos da primeira vez, sobre se a dupla vai ou não achar a Natalie Wood (que pode ser esfrida apela cena de briga), deixa de existir numa revisão e passamos a ficar mais livres para observar melhor essas nuances do filme. O filme começou a melhorar muito pra mim quando o foco ficou na questão do racismo… E passei a ver que o filme não é exatamente sobre vingança (claro que tb é, mas no meu entender não é o “drive” principal do personagem, se dá mais ênfase no fato do Ethan querer matar a sobrinha do que no dele matar o “Scar”). Acho isso justamente pelo fato da morte do “scar” não ter sido propositalmente mais explorada e inclusive nem ter acontecido pelas mãos do John Wayne, o que representaria uma frustração pra platéia, caso fosse só sobre vingança a busca dele. Aliás, observando os dois personagens, o John Wayne é movido pelo ódio racista e o Jeffrey Hunter pela vontade de encontrar a “irmã” e impedir que ela morra nas mãos do Ethan. Não tem muito de vingança e mesmo o escalpo retirado do Scar, me parece um ato que não é bem vingança, já que o Scar não sofreu com isso, já que estava morto (parece mais uma replicação do evento anterior de atirar nos olhos do índio morto). Mas isso é só uma opinião minha.

      Quanto ao Ed Wood, não acho que seus filmes sejam clássicos no sentido de serem filmes que resistiram à passagem do tempo. Acho que eles se tornaram famosos mais pela curiosidade cinéfila de se ver um filme do “pior diretor do mundo” (coisa que certamente ele NÃO deve ser. Tem coisa pior). Eu mesmo fui atrás de ver “Plano 9 do Espaço Sideral” e “Glenn or Glenda” e são filmes toscos que divertem pela ruindade, assim como são outras tranquieras como “The Brain That Wouldn’t Die” ou “The Beast of Yucca Flats”, pra citar dois “exploitation” do tipo dos filmes do Wood.

      Sobre o episódio do Kobayashi: legal, veja sim, pelo menos “Harakiri”, “Kaidan” e “Rebelião”. E se gostar desses três, encare “Guerra e Humanidade”.

      abraços!

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  2. Boa tarde, Gabriel.
    É um prazer receber seu comentário.
    Ficamos muito felizes quando conseguimos ajudar a dar uma outra visão sobre um filme.
    Isso aconteceu exatamente igual comigo: na primeira vez que vi, achei apenas bom. Com o tempo (e o conhecimento de outras possíveis nuances), cresceu bastante no meu conceito. Isso pra não falar do aspecto visual (esse sim, sempre me conquistou, desde a primeira vez).
    Sobre Ed Wood, bem, não sou muito indicado pra falar, pois vi apenas dois filmes dele, e já tem muito tempo. Se formos pensar no conceito de “clássico” como sendo algo que segue determinadas normas e conceitos estéticos e artísticos tidos como perfeitos, acredito que não. Mas sem dúvida, o Ed Wood (a persona dele mais até que seus filmes) entrou para um grupo de filmes antigos cultuados.

    Valeu! Espero que curta os filmes do Kobayashi também. E comente sempre que puder, pois é o que nos motiva, essa interação.

    Abraços

    Alexandre

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  3. Olá, Gabriel
    Alguns filmes vão mesmo se modificando com as revisões (para melhor ou pior, hehe!). Legal saber que nosso bate-papo suscitou um aprofundamento do Rastros de Ódio que você já conhecia. Quanto ao Ed Wood, considero que seus filmes são mais “cult” que “clássicos”. Hoje, podem até ser filmes gostosos de ver, considerando a precariedade e a criatividade de um cineasta apaixonado pelo que fazia, mas com parcos recursos como o Ed Wood. Mas não dá para colocar suas obras no mesmo patamar de Rastros de Ódio, dá?
    Abraço!

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  4. Olá. Meu nome é Sérgio, de Araçatuba-SP.

    Não sou de comentar nas páginas do podcast, mas estou registrando minha presença para que vocês continuem com o bom trabalho que vem fazendo. Curto muito cinema e principalmente podcasts que falam sobre esta Arte. Sou um ouvinte não tão assíduo, mas sempre estou acompanhando as novidades do feed de podcasts, e caso já tenha assistido os filmes, ou mesmo no especial sobre as três dicas, baixo e escuto os programas que são bons por falarem de filmes clássicos (obviamente) e não muito lembrados.

    Existe uma crítica de cinema que acompanho e admiro, só que nunca a escutei em nenhum podcast: Isabela Boscov. Ficaria feliz se vocês a chamassem pro programa, mesmo não sabendo de sua disponibilidade e interesse. Seria algo que faria caso eu tivesse um podcast e deixo esse pedido como ouvinte.

    Abraço e até mais.

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    • Olá Sérgio! Seja bem vindo ao PFC! Obrigado pelos elogios ao podcast e pela indicação da Isabela (que já conhecia de nome). Em breve teremos participação de alguns convidados e quem sabe não avaliamos internamente e fazemos o convite à ela também? Continue nos ouvindo, mesmo que não tão assiduamente! Abraços!

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    • Oi, Sérgio!
      Legal saber que você escuta o podcast! Em relação à sua dica, eu particularmente não gosto da Isabela como crítica de Cinema. Suas resenhas na Veja, por exemplo, cometem com frequência o imperdoável crime de contar o que acontece no filme até determinado ponto, como se apenas o que vem depois daquilo interessasse. Criticar é bem diferente de comentar a trama, ainda mais quando o leitor pode não ter visto o filme. Mas ela é mesmo admirada por muitos, tantos que ganhou a coluna de Cinema na revista semanal de maior circulação do país. Esta é minha opinião. De qualquer forma, pode ser até que o papo com ela fosse interessante, tratando-se de uma conversa sobre clássicos. Valeu pela dica!
      Abraço,
      Sergio

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  5. Olá!
    Cheguei nesse podcast e no site de vocês por recomendação do Alexandre, que visitou meu site há um tempo atrás. (Cine Grandiose, se tiverem interesse)

    Muito informativo o podcast de vocês. Eu não conhecia muita coisa que foi falada aqui e muitas delas me fizeram repensar o filme. Não vou dizer que mudou minha opinião, até porque a primeira e última vez que assisti foi em 2013. Hoje não teria como argumentar bem sobre ele. Pelo menos a próxima vez que assistir já terei algumas idéias novas sobre ele na hora de reavaliar a primeira impressão.

    Ah, e se um dia forem fazer um podcast sobre Billy Wilder (e quiserem um convidado), podem me chamar que topo fácil.

    Abraço!

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    • Legal Caio! Cheguei a ler a matéria de seu blogue sobre Rastros de Ódio e lembro que você não havia curtido tanto assim o filme. Mas que bom que ainda assim separou um tempo para nos ouvir. Espero que continue nos seguindo. Abraços!

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  6. Fala Fred e Alexandre! Revivendo um post antigo porque depois de mais de um ano desde o podcast eu assisti de novo a “Rastros de Ódio”. Dizer pra vocês que subiu um pouco no meu conceito. John Wayne se tornou a melhor parte do filme tanto por conta da atuação como pela construção de personagem. Na segunda vez deu pra reparar melhor como o Ethan é uma figura 100% controversa. No começo, ainda é bem recebido por estar entre família e crianças, depois nem isso. Quando a porta finalmente fecha atrás dele é como se as portas restantes do mundo se fechassem para ele. Nem o Martin Pawley respeita ele mais. Ele tá finalmente sozinho no mundo.

    Se interessar, fiz uma análise dele: http://cinegrandiose.com/2017/09/05/the-searchers-analise-e-impressoes/

    Forte abraço!

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  7. Faroeste preferido de muitos.Com todo merecimento reconhecido,mas não enquadraria só esse como muitos outros merecedores também.Abertura marcante tanto a cena como a trilha sonora.O racismo que o personagem de Wayne tem pelos índios e ao mesmo tempo ele tem um companheiro índio que o ajuda a procurar a sobrinha do personagem de Wayne.Natalie Wood está incrível.Pelo que me lembro é o favorito de Ford.E claro não posso esquecer de mencionar o Monument Valley,o cartão-postal dos filmes de Ford.Aliás Ford também começou como ator.Fotografia maravilhosa.

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