Resenha #64 – Uma Vida Marcada (Cry of the City)

A história contada nesse filme parece bastante conhecida por todos nós.  Dois amigos de infância, que cresceram juntos em vizinhança pobre, de imigrantes italianos, tomam rumos diferentes:  um envereda pelo mau caminho do crime; o outro vira policial. Apesar disso, “Uma Vida Marcada” é um bom filme, que pode ser assistido sem medo.  Até porque o diretor Robert Siodmak tem boas credenciais quando se trata de filme noir, haja vista “Os Assassinos”, “Baixeza” e “Silêncio nas Trevas”.

 

Até Victor Mature, um ator frequentemente citado na lista dos mais “canastrões”, está bem no papel do policial Candella. O outro protagonista, Richard Conte, bastante conhecido dos fãs de filme noir (“Uma Aventura na Noite”, “Mercado de Ladrões” e “O Império do Crime”), tem a sua costumeira atuação enérgica e contida.

Neste filme, temos um pequeno papel de Shelley Winters, ainda em início de carreira.  Ela viria a receber dois Oscar de Atriz Coadjuvante em sua carreira.

 

Na realidade, trata-se de uma nova versão de “Manhattan Melodrama”, um filme de 1934, com Clark Gable e William Powell, filme que chegou a ganhar o Oscar de História Original naquele ano.  Detalhe:  foi na saída do cinema, após assistir a esse “Manhattan Melodrama”, que o gangster John Dillinger foi morto a tiros pela polícia de Chicago.

O título existe em DVD no Brasil, lançado pela distribuidora Oregon.

por Alexandre Cataldo

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