Elia Kazan ainda não era um diretor de primeira linha quando filmou este noir político, no estilo semi-documentário (um verdadeiro “sub-gênero” dentro do noir, que rendeu vários filmes, principalmente na segunda metade dos anos 40).
A história é baseada num caso real, ocorrido nos anos 20 em Connecticut e que ajudou a alavancar a carreira de um certo Homer Cummings, que acabaria se tornando Procurador Geral do governo Roosevelt: um padre, querido pelos habitantes de uma cidadezinha, é assassinado com um tiro na cabeça, em plena rua principal da cidade. A polícia sofre pressões de vários lados (sempre com interesses políticos) para que o assassino seja logo encontrado.
Quando é preso um rapaz desempregado, um ex-combatente da Segunda Guerra (Arthur Kennedy), contra quem estão todos os fatos. O único que parece ter alguma dúvida sobre a culpabilidade do rapaz é o promotor estadual Henry Harvey (Dana Andrews), um sujeito honestíssimo que, a despeito das pressões, quer encontrar a verdade. O filme conta ainda com a presença de Lee J. Cobb.
O fato interessante é que apenas o público fica sabendo quem é o verdadeiro assassino. Algo como um “Rosebud” de “Cidadão Kane”.
por Alexandre Cataldo em 14/12/2006