Resenha #87 – Réquiem por um Lutador (Requiem for a Heavyweight, 1962)

Este é um filme sobre boxe que merecia ser um pouco mais lembrado.  Conta a história de Mountain Rivera (o excelente Anthony Quinn), um lutador à beira da aposentadoria que não consegue arrumar um emprego normal e é obrigado por seu empresário a participar de lutas-livres, daquelas que mais parecem um circo.

Apesar da aparência bruta e da ignorância quase completa, Rivera é um sujeito de bom coração.  Fica encantado pela agente de empregos que demonstra um pouco de afeto por ele (Julie Harris, de filmes como “Vidas Amargas”).

A cena de abertura, na qual Rivera luta com nada menos que Cassius Clay (que depois se tornaria mais famoso como Muhammad Ali), é sensacional.  Não vemos Rivera durante a luta.  A câmera é totalmente subjetiva. Mostra-nos apenas aquilo que Rivera estaria vendo, ou seja, a máquina de lutar chamada Cassius Clay em ação, castigando-o impiedosamente.  Só após o final da luta é que vemos o rosto de Rivera, totalmente desfigurado, no momento em que ele se olha num espelho, a caminho do vestiário.

Só esta abertura já vale o filme.  Mas temos ainda as excelentes atuações de Mickey Rooney (como o treinador de Rivera) e, principalmente, de Jackie Gleason (como o empresário).

por Alexandre Cataldo

Um comentário sobre “Resenha #87 – Réquiem por um Lutador (Requiem for a Heavyweight, 1962)

  1. Isso é o que torna um filme especial.Fala sobre um boxeador que mesmo forte tem uma bondade imensa.Fala não só sobre o lutador mas como também um empresário que quer se aproveitar dele.Ao mesmo tempo tem o afeto e amizade dos personagens de Mickey Rooney e Julie Harris.Um filme maravilhoso e que merece ser revisto.

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